segunda-feira, 30 de abril de 2012

FILMES

Escritores da Liberdade




O filme "Escritores da Liberdade" (Freedom Writers, EUA, 2007) aborda, de uma forma comovente e instigante, o desafio da educação em um contexto social problemático e violento. Tal filme se inicia com uma jovem professora, Erin (interpretada por Hilary Swank), que entra como novata em uma instituição de "ensino médio", a fim de lecionar Língua Inglesa e Literatura para uma turma de adolescentes considerados "turbulentos", inclusive envolvidos com gangues.


          Ao perceber os grandes problemas enfrentados por tais estudantes, a professora Erin resolve adotar novos métodos de ensino, ainda que sem a concordância da diretora do colégio. Para isso, a educadora entregou aos seus alunos um caderno para que escrevessem, diariamente, sobre aspectos de suas próprias vidas, desde conflitos internos até problemas familiares. Ademais, a professora indicou a leitura de diferentes obras sobre episódios cruciais da humanidade, como o célebre livro "O Diário de Anne Frank", com o objetivo de que os alunos percebessem a necessidade de tolerância mútua, sem a qual muitas barbáries ocorreram e ainda podem se perpetrar.


        Com o passar do tempo, os alunos vão se engajando em seus escritos nos diários e, trocando experiências de vida, passam a conviver de forma mais tolerante, superando entraves em suas próprias rotinas. Assim, eles reuniram seus diários em um livro, que foi publicado nos Estados Unidos em 1999, após uma série de dificuldades. É claro que projetos inovadores como esse, em se tratando de estabelecimentos de ensino com poucos recursos, enfrentam diversos obstáculos, desde a burocracia até a resistência aos novos paradigmas pedagógicos. Em países como o  Brasil, então, as dificuldades são imensas, mas superáveis, se houver engajamento e esforços próprios.


             Nesse sentido, o filme "Escritores da Liberdade" merece ser visto como apreço, sobretudo pela sua ênfase no papel da educação como mecanismo de transformações individuais e comunitárias. Com essas considerações, vê-se que a educação, como já ressaltaram grandes educadores da estirpe de Paulo Freire, tem um papel indispensável no implemento de novas realidades sociais, a partir da conscientização de cada ser humano como artífice de possíveis avanços em sua própria vida e, principalmente, em sua comunidade.




           UMA PROFESSORA MUITO MALUQUINHA
ESTUDAR NA CAPITAL FEZ A JOVEM CATE VOLTAR PARA A CIDADE NATAL COM O PENSAMENTO À FRENTE DE SEU TEMPO
Direção  André Pinto e Cesar Rodrigues
Elenco:Paola Oliveira, Chico Anysio e Suely Franco
Nome Original:Uma Professora Muito Maluquinha
Site Oficial:Visite
Duração:88 minutos
Ano:2011
País:Brasil
Classificação:Livre
Gêneros:Infantil, Comédia


Inspirado no livro homônimo de 1995, assinado por Ziraldo, o filme Uma Professora Muito Maluquinha tem Paola Oliveira como protagonista, no papel de Cate.
Depois de ter estudado fora durante alguns anos, jovem de 18 anos voltou à cidade natal, no interior de Minas Gerais, para dar aulas na escola primária e, logo de cara, conquistou os alunos.
Os rapazes da pequena cidade também andam atrás da recém-chegada. Aliás, os pretendentes não são poucos: o professor de Geografia Mário, Pedro Poeta, Carlito e Rodolfo Valentino.
O jeito entusiasmado e comunicativo da garota, no entanto, não agradou as professoras conservadoras do local, que tentam afastar a moça do cargo à qualquer custo. As gravações do filme, ambientado na década de 40, foram feitas em São João Del Rei (MG).





domingo, 29 de abril de 2012

Sarau da Educação

16 Abr 2012 

Sarau da Educação

XXIX Sarau da Educação e Cultura
Tema:Literatura Indígena
Dia 21 de abril de 2012
Das 19h as 22h

Atividades:
  • Participação especial de Olivio Jekupé escritor de literatura indígena, contos, poesias, romance e textos críticos.
  • Músico Enron Meira
  • Banda Alsapão
  • Microfone aberto
  • Varal de Poesias com escritores indígenas
  • Video Poesia do grupo Pé de Poesia
  • Cantora Milena Ricardo de Oliveira
  • Exposição de peças indígenas do MAE ( múseu de Antropologia e etnologia da USP)
  • Música de Zizi Campanha no trabalho Duansata

Entregamos certificado de participação
Entrada Franca

Local:Centro de Formação dos profissionais da Educação
Av.Marechal Rondon 263 Osasco- Centro
Tel 91837111( Andréa)
sites.google.com/site/saraudaeducacao/

Projetos na Educação

PROJETOS

              
   Projetos especiais ajudam alfabetização

             A Escola Municipal de Ensino Fundamental Fioravante Barletta,do Jardim Silveira,realiza projetos para o ciclo de alfabetização que engloba os 1° e 2° anos da vida escolar da criança.Os projetos são:Horta,Letras,Vivas e Leituras com Sabor.
            A coodenadora pedagógica da escola,Márcia Aparecida dos Santos,explica o que significam esses projetos para o crescimento dos alunos."Ficamos felizes quando educadores investem em projetos suprindo a necessidade básica da personalidade,do corpo e da mente,inserindo todos os alunos.São marcas inesquecíveis de um aprender diferenciado",avalia.
                                                                                                       HORTA
Esse é o primeiro ano que a escola desenvolve esse trabalho com o ciclo de alfabetização,sempre ás sextas-feiras,após o intervalo.
Os alunos plantaram as verduras,como alface e couve,por serem mais fáceis de lidar e já distinguir o gosto.
As primeiras lições são como cuidar da terra,colher as verduras e lavar.As professoras já viram uma grande mudança no hábito dos alunos,que querem se alimentar desses vejetais.

                                                                                                       LETRAS VIVAS
O projeto enfoca o aprender brincando as "familias" das letras.A professora divide os alunos vestindo-os com camisetas com vogais e consoantes e vai conversando com as familias. as crianças têm que se juntar para formar a palavra.

                                                                                                        LEITURA COM SABOR
É realizado a cada 15 dias com degustação de comidas como pipocas,bolos e sucos.O  aluno lê um livrinho e come ou toma um suco, associando a leitura a uma prática gostosa.O aluno pode realizar essa atividade também em casa.(Talita Castro)                                                                                              

JORNAL OFICIAL DE BARUERI          PREFEITURA DE BARUERI                   http://www.barueri.sp.gov.br/     17 de março de 2012.   


                             
  • PLANETA AZUL - "Por um mundo melhor"



 O Projeto Planeta Azul foi idealizado a partir das concepções filosóficas de Mokiti Okada sobre a educação como formação humana. Trata-se da educação que possibilita a formação de um ser humano verdadeiramente feliz. Essa concepção do "homem feliz" identifica-se com as ideias de Comenius (1592-1670), cuja doutrina pedagógica pregava que: "o objetivo da educação é ajudar o homem a atingir essa finalidade transcendente e cósmica, desenvolvendo o domínio de si mesmo através do conhecimento de si próprio e de todas as coisas”[1]

Entendemos que a escola é uma instituição social para transmitir os conhecimentos construídos pela humanidade. Ou seja, todo conhecimento criado e desenvolvido pelo trabalho humano pertence a todos. Cabe a escola dar acesso a esses conhecimentos para que as crianças e jovens possam aprender e usufruir desses bens. A escola também está se responsabilizando, atualmente, pela formação dos valores, pois a maioria das famílias mostra-se fragilizadas no cumprimento dessa responsabilidade.


A sociedade vive hoje momentos de transição desses valores, motivados pela dinâmica da tecnologia, que modificou o trabalho humano e, consequentemente, as relações sociais. Com isso, o indivíduo contemporâneo se encontra numa crise de mudanças de paradigmas. A nova organização da sociedade atual, que está sendo gerada por esta mudança na forma do trabalho humano, especialmente em função das novas tecnologias, é a causa principal do fenômeno que provoca rápidas transformações no modo de se comportar dos indivíduos. Com isso, o homem atual se tornou materialista e egoísta. O sentido de coletividade se perdeu na sociedade contemporânea.



Mokiti Okada atribui à educação a importância de formar homens que tenham o sentimento altruísta bem formado. Ele nos diz que:



O real objetivo da Educação é formar homens íntegros, que façam da justiça o seu código de fé e se esforcem para aumentar o bem-estar social, contribuindo para o progresso e elevação da cultura. Mokiti Okada[2]



Portanto, o Projeto Planeta Azul pretende oferecer às instituições escolares um instrumento, para auxiliar o professor na condução da formação desse homem altruísta e espiritualista.



Apresentação do Projeto



Com base nos pensamentos filosóficos idealizados por Mokiti Okada, o Projeto Planeta Azul possui uma dinâmica pedagógica que utiliza a Revista Planeta Azul, no formato de histórias em quadrinhos (HQ), a fim de instigar o aluno à reflexão da importância do bem estar do seu grupo social, a partir das suas ações. Ao modificar as ações individualistas, para ações altruístas, visando o bem estar de todos, o aluno constrói uma visão da sua responsabilidade como cidadão.



A escolha da HQ se deu por entendermos que funcionam como instrumento de incentivo à leitura infantil, devido a sua conotação lúdica. Ou seja, a sua formatação colorida e ilustrada, promove a interação do mundo da criança com os personagens.



As histórias dessas revistas trazem temas que são sugeridos pelas professoras e alunos que participam do projeto e são discutidos baseados nas orientações de Mokiti Okada. Assim, atendendo às necessidades de se refletir em sala de aula, este ou aquele tema, como por exemplo, violência, amor filial, respeito, etc., os personagens da revista formarão a trama necessária para a reflexão.



Também os exemplos de modificação de comportamento das crianças, na escola ou na família, se transformam em histórias, interagindo com os leitores através das cartas que são enviadas pelos mesmos à Fundação.



Os personagens são animais e crianças que se entendem perfeitamente, num ambiente escolar. Os temas procuram possibilitar às crianças a oportunidade de levar a discussão da sala de aula para a família, já que todas as crianças do projeto recebem uma revista para seu manuseio particular.



Juntamente com a Revista Planeta Azul, o projeto oferece cursos de formação aos docentes e especialistas das escolas, que irão trabalhar em sala de aula ou nas orientações aos professores. Esses cursos apresentam a metodologia utilizada e preparam os professores para o reconhecimento das necessidades de seus alunos. São ministrados por professores especialistas em cada ciclo da aprendizagem e com experiência nos resultados que as escolas participantes nos apresentam.



Objetivo do Projeto Planeta Azul



O Projeto Planeta Azul tem como objetivo geral levar à sociedade, através da educação escolar, as idéias filosóficas de Mokiti Okada, que visam orientar uma educação capaz de formar o homem altruísta e espiritualista, ou seja, o individuo bem desenvolvido na sua responsabilidade de cidadão.


Tempo de duração


Após a confirmação da escola de trabalhar o Projeto Planeta Azul, a equipe de professores da Fundação fará um cronograma de atuação de acordo com a necessidade de cada escola.



O planejamento abrange todo o ano letivo, com acompanhamento mensal da equipe do Educacional aos professores, famílias e gestores. As revistas são distribuídas mensalmente. Ao final de cada ano, promovemos uma avaliação do trabalho para novos planejamentos, se for do interesse da escola

[1] HAIDT, Regina Cazaux. Curso de Didática Geral. 8 ed. São Paulo: Ática, 2006, p. 16.

[2] Filósofo religioso contemporâneo japonês, fundador do Movimento Mundial Messiânico, cujo objetivo é a construção de uma nova cultura para um mundo de verdadeira harmonia entre o homem e a natureza.


http://www.fmo.org.br/fmo2/projeto_planeta_azul.html



“Um, dois, feijão com arroz” — chegou a hora da colheita na Educação Infantil!

Durante o ano letivo, as turmas de Maternal e Pré I desenvolveram o Projeto “Um, dois, feijão com arroz”, no qual uma das etapas foi o plantio de sementes de cenoura.
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Semanalmente, os alunos observaram e regaram a horta, cuidando de seu crecimento.
Finalmente, chegou o momento da colheita, e as crianças prepararam um delicioso bolo de conoura.
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” Nossa! Como essa massa é molenga!” (Pedro Herrmann)
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” Olha, prô! Essa cenoura é gigante! Vamos lavar e colocar no bolo também?” (Pedro Luiz)
” Hummm… que cheiro bom. O bolo já ficou pronto, Dani?” (Alessandra Leal)
” Essa cobertura é uma delícia!” (Giovanna Corsi)
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Os alunos aproveitaram bastante essa atividade prática, e ficou mesmo uma maravilha.
Parabéns pelo desempenho, pequenos cozinheiros!
Professoras Camila, Daniele Caruso e Danielle Tavares.





Interdisciplinaridade que funciona

Trabalhar com temas integrados é uma proposta interessante, mas exige cuidados


Você certamente já participou, ou já ouviu falar, de projetos interdisciplinares. O modelo está incluído no cotidiano de diversas escolas e é uma boa alternativa para integrar diferentes matérias e dar espaço para que alguns temas sejam abordados de uma maneira mais completa. Muitas vezes, há um grande engajamento da comunidade escolar nessas iniciativas, mas não fica claro o que os alunos aprenderam em cada uma das disciplinas. Por isso, é preciso olhar com atenção como a proposta está sendo construída, quais temas serão envolvidos e o que vai ser de fato ensinado aos estudantes (leia nas páginas seguintes dois exemplos bem-sucedidos). 

A divisão em disciplinas é uma prática necessária para a organização das escolas e do ensino. É claro que o conhecimento não se limita a uma ou outra área. "Na vida, os conteúdos estão integrados", ressalta Denise Guilherme, assessora pedagógica de formação de professores de redes municipais de Educação. Essa visão mais ampla do saber existe desde a Antiguidade clássica, mas o conceito de interdisciplinaridade só ganhou força no final da década de 1960, quando universitários franceses brigaram pelo fim da fragmentação dos conteúdos e por um aprendizado mais voltado a temas políticos e sociais.

As reivindicações encontraram eco no Brasil pelos ensinamentos de Paulo Freire (1921-1997). O educador defendia que era preciso entender de maneira geral o universo em que se está inserido para só então estudar as particularidades de cada assunto. "Faltando aos homens uma compreensão crítica da totalidade em que estão, não podem conhecê-la. Para conhecê-la, seria necessário partir do ponto inverso. Seria indispensável ter antes a visão totalizada do contexto para, em seguida, separarem ou isolarem os elementos", explica no livro Pedagogia do Oprimido (256 págs., Ed. Paz e Terra, tel. 11/3337-8399, 34,90 reais).





Com o tempo, esses conceitos foram incorporados ao discurso dos docentes e chegaram às salas de aula. Algumas escolas, no entanto, não souberam bem como transpor a ideia para a prática. Elas não se deram conta de que há uma diferença grande entre trabalhar de maneira integrada - tendo um bom projeto político-pedagógico (PPP), no qual os conteúdos conversam - e a crença de que todos os temas precisam ser abordados pela equipe docente inteira. "Há hoje uma preocupação excessiva em relacionar áreas, como se isso fosse pré-requisito para obter um bom resultado", explica Beatriz Gouveia, coordenadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.

Tomemos como exemplo uma sequência sobre animais marinhos para a Educação Infantil. O principal conteúdo é de Ciências, mas, na tentativa de tornar a proposta interdisciplinar, é sugerido que em Matemática os alunos contem os animais estudados. "O resultado é um trabalho que não aprofunda o ensino dos temas eleitos e aborda superficialmente as várias áreas, sem garantir aprendizagens efetivas", comenta Denise. Em vez de ser uma atividade interdisciplinar, o que se tem é um tema subdividido.

Outro problema comum é considerar interdisciplinar um trabalho de uma área específica, que apenas aproveita recursos de outra. Usar um texto científico em uma aula de Ciências, por exemplo, não é trabalhar Língua Portuguesa. Isso porque se os alunos apenas leram em sala não houve esforço voltado ao ensino da língua. "Faz parte da atuação do professor de Ciências refletir sobre o que é ler na disciplina em que leciona e as especificidades dos textos que utiliza. Não é preciso que isso seja feito pelo docente de Língua Portuguesa", explica Ana Espinosa, professora de Ciências da Educação, da Universidade de Buenos Aires (UBA), na Argentina.