quinta-feira, 7 de junho de 2012


"As situações didáticas de Arte"


Estimular a imaginação, despertar a sensibilidade, ampliar horizontes e deixar a criança experimentar são formas de ensinar a disciplina

TEMPO DE INVENTAR Alunos da Escola de Aplicação da USP usam materiais variados nas aulas de Arte. Foto: Marcos Rosa
 TEMPO DE INVENTAR Alunos da 
   Escola de Aplicação da
   USP usam materiais variados 
   nas aulas de Arte. Foto: Marcos Rosa







A artista plástica Maria de Fátima Junqueira Pereira dispõe desse 
recurso na Escola de Aplicação da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista, onde leciona para o 2º ano. "Em recortes, pinturas ou colagens, os alunos inventam misturas, texturas e cores", explica ela. Trocando experiências com os colegas e criando, eles percebem que há diversas maneiras de trabalhar os materiais.
O conteúdo de Arte é dividido em quatro linguagens: artes visuais, música, dança e teatro, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais. Na prática, a primeira é priorizada e as demais perdem espaço por falta de tempo e de estrutura ou por deficiência na formação dos professores. Isso não significa que eles dominem o ensino da pintura, do desenho e da escultura, mas o fato de estarem mais presentes no dia a dia facilita a abordagem.
Para Rosa Iavelberg, diretora do Centro Universitário Maria Antonia, em São Paulo, o ambiente é determinante para a aprendizagem nessa área (veja as situações didáticas a seguir): "A sala de aula deve ter o clima de um ateliê para que se possa criar".

Situações diáticas de Arte

1. Produção
O que é: Realização de atividades onde o aluno é chamado a criar, a produzir algum trabalho artístico. Seja desenhando, pintando, modelando, fotografando etc. As atividades de produção podem partir de propostas elaboradas pelo professor e podem se articular com a leitura de imagens.
Nesse caso é importante o professor escolher imagens cujas características despertem percepções específicas acerca de algum aspecto visual ou simbólico que se deseja trabalhar com os alunos.
Quando propor: Semanalmente.

O que a criança aprende: A reconhecer conteúdos e conceitos relativos a linguagem da arte. 





"O que ensinar em Arte"

REFLETIR: O professor deve analisar temas já aprofundados, como o frevo e o enredode uma peça teatral.
                                                                                        Foto: Eduardo Queiroga
Durante muitos anos, o ensino de Arte se resumiu a tarefas pouco criativas e marcadamente repetitivas. Desvalorizadas na grade curricular, as aulas dificilmente tinham continuidade ao longo do ano letivo. "As atividades iam desde ligar pontos até copiar formas geométricas. A criança não era considerada uma produtora e, por isso, cabia ao professor dirigir seu trabalho e demonstrar o que deveria ser feito", afirma Rosa Iavelberg, diretora do Centro Universitário Maria Antonia, em São Paulo, e co-autora dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) sobre a disciplina. 

Nas últimas duas décadas, essa situação vem mudando nas escolas brasileiras. Hoje, a tendência que guia a área é a chamada sociointeracionista, que prega a mistura de produção, reflexão e apreciação de obras artísticas. Como defendem os próprios PCNs, é papel da escola "ensinar a produção histórica e social da arte e, ao mesmo tempo, garantir ao aluno a liberdade de imaginar e edificar propostas artísticas pessoais ou grupais com base em intenções próprias."
Infelizmente, ainda há professores trabalhando na chamada metodologia tradicional, que supervaloriza os exercícios mecânicos e as cópias por acreditar que a repetição é capaz de garantir que os alunos "fixem modelos". Sob essa ótica, o mais importante é o produto final (e ele é mais bem avaliado quanto mais próximo for do original). É por isso que, além de desenhos pré-preparados, tantas crianças tenham sido obrigadas ao longo dos tempos a apenas memorizar textos teatrais e partituras de música para se apresentar em datas comemorativas - sem falar no treino exaustivo e mecânico de habilidades manuais em atividades de tecelagem e bordado.

Só nos anos 1960, com o surgimento do movimento da Escola Nova, ideias modernizadoras começaram a influenciar as aulas de Arte. Na época, a proposta era romper totalmente com o jeito anterior de trabalhar. Segundo esse modelo, batizado de escola espontaneísta (ou livre expressão), os professores forneciam materiais, espaço e estrutura para as turmas criarem e não interferiam durante a produção dos estudantes. Tudo para permitir que a arte surgisse naturalmente nos estudantes, de dentro para fora e sem orientações que pudessem atrapalhar esse processo. "Achava-se que a criança tinha uma arte própria e o adulto não deveria interferir", lembra Rosa.



A Arte Explica A Vida



Até o começo de junho, pinturas, esculturas e instalações de artistas plásticos de todo o mundo estarão expostas na 25a Bienal de São Paulo. É uma excelente oportunidade para os professores mostrarem a seus alunos as tendências da Arte Contemporânea. Mas também é uma chance de discutir o ensino de Arte no país e de fazer uma revisão nos métodos de trabalho. Para ajudar nessa reflexão, a repórter Roberta Bencini entrevistou a professora do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Mirian Celeste Martins. Doutora em Arte, ela trabalha com formação de educadores e coordena o grupo Ação Educativa da Bienal, que tem como objetivo tornar a exposição produtiva para os professores e alunos interessados. Aquarelista nas (poucas) horas vagas e pesquisadora em tempo integral, ela afirma: "Não sei falar sem ter uma imagem para dar suporte às idéias".

NOVA ESCOLA: O que a Ação Educativa oferece aos professores durante a Bienal de São Paulo?
Mirian Celeste Martins: Nosso trabalho é ajudar os professores a se preparar para monitorar as visitas com os alunos. Marcamos encontros prévios para explicar o tema central da exposição e traçar um itinerário básico, adequado às intenções de cada educador. Como apoio, temos uma sala para pesquisa, com monitores treinados e material sobre tudo o que está exposto.

Qual a diferença entre esta Bienal e as anteriores?
Mirian: Este ano, a mostra assumiu de vez que é o espaço da arte contemporânea e aboliu o espaço museológico. Os visitantes ficavam muito tempo olhando obras conhecidas e não davam a devida atenção às novas tendências. E sempre foi objetivo da Bienal divulgar as vanguardas.

Por que existe resistência em relação à arte contemporânea?
Mirian: Porque ela é mais difícil de ser entendida, perturba, provoca e incita o espectador.

Mas essa sempre foi a intenção dos precursores das novas ideias, não?
Mirian: Com certeza! Todos os movimentos de vanguarda são contrários às normas estabelecidas. O impressionismo se opôs ao academicismo. Na época, não era considerado arte, mas borrões jogados na tela. A sociedade ria e desprezava quem aderia ao movimento. Acho que se dá algo semelhante com os artistas contemporâneos. Hoje, temos rupturas mais abruptas. Não podemos ficar parados no tempo e ter como referência a produção de cem anos atrás. Para entender uma obra contemporânea é preciso conhecer as pesquisas e as idéias que surgiram nas últimas décadas.

Que temas o professor pode explorar com seus alunos na Bienal?Mirian: O tema da mostra é a metrópole. Temos cinco artistas para cada uma das onze cidades representadas e apresentamos também o espaço urbano utópico. O professor pode refletir sobre o sentido das cidades e o motivo de elas serem tão diferentes. O tema interessa a Geografia, Língua Portuguesa e Ciências Naturais, porque permite analisar os trabalhos relativos ao ser humano em situações de exclusão, de violência. Outra possibilidade é induzir os alunos não somente a encontrar respostas, mas a procurar novos jeitos de perguntar.

http://revistaescola.abril.com.br/arte/fundamentos/arte-explica-vida-426395.shtml


A Arte Explica A Vida



Até o começo de junho, pinturas, esculturas e instalações de artistas plásticos de todo o mundo estarão expostas na 25a Bienal de São Paulo. É uma excelente oportunidade para os professores mostrarem a seus alunos as tendências da Arte Contemporânea. Mas também é uma chance de discutir o ensino de Arte no país e de fazer uma revisão nos métodos de trabalho. Para ajudar nessa reflexão, a repórter Roberta Bencini entrevistou a professora do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Mirian Celeste Martins. Doutora em Arte, ela trabalha com formação de educadores e coordena o grupo Ação Educativa da Bienal, que tem como objetivo tornar a exposição produtiva para os professores e alunos interessados. Aquarelista nas (poucas) horas vagas e pesquisadora em tempo integral, ela afirma: "Não sei falar sem ter uma imagem para dar suporte às idéias".


NOVA ESCOLA: O que a Ação Educativa oferece aos professores durante a Bienal de São Paulo?

Mirian Celeste Martins: Nosso trabalho é ajudar os professores a se preparar para monitorar as visitas com os alunos. Marcamos encontros prévios para explicar o tema central da exposição e traçar um itinerário básico, adequado às intenções de cada educador. Como apoio, temos uma sala para pesquisa, com monitores treinados e material sobre tudo o que está exposto.

Qual a diferença entre esta Bienal e as anteriores?
Mirian: Este ano, a mostra assumiu de vez que é o espaço da arte contemporânea e aboliu o espaço museológico. Os visitantes ficavam muito tempo olhando obras conhecidas e não davam a devida atenção às novas tendências. E sempre foi objetivo da Bienal divulgar as vanguardas.

Por que existe resistência em relação à arte contemporânea?
Mirian: Porque ela é mais difícil de ser entendida, perturba, provoca e incita o espectador.

Mas essa sempre foi a intenção dos precursores das novas ideias, não?
Mirian: Com certeza! Todos os movimentos de vanguarda são contrários às normas estabelecidas. O impressionismo se opôs ao academicismo. Na época, não era considerado arte, mas borrões jogados na tela. A sociedade ria e desprezava quem aderia ao movimento. Acho que se dá algo semelhante com os artistas contemporâneos. Hoje, temos rupturas mais abruptas. Não podemos ficar parados no tempo e ter como referência a produção de cem anos atrás. Para entender uma obra contemporânea é preciso conhecer as pesquisas e as idéias que surgiram nas últimas décadas.

Que temas o professor pode explorar com seus alunos na Bienal?Mirian: O tema da mostra é a metrópole. Temos cinco artistas para cada uma das onze cidades representadas e apresentamos também o espaço urbano utópico. O professor pode refletir sobre o sentido das cidades e o motivo de elas serem tão diferentes. O tema interessa a Geografia, Língua Portuguesa e Ciências Naturais, porque permite analisar os trabalhos relativos ao ser humano em situações de exclusão, de violência. Outra possibilidade é induzir os alunos não somente a encontrar respostas, mas a procurar novos jeitos de perguntar.




segunda-feira, 4 de junho de 2012


MODALIDADES DE ENSINO

Educação de Jovens e Adultos — EJA
Na seção V do Capítulo II da LDB, é definida como modalidade de ensino a Educação de Jovens e Adultos e são especificados os pareceres, resoluções e artigos de lei que a amparam.
Para consolidar as ações educacionais para a Educação de Jovens e Adultos, foi criado o Programa Fazendo Escola (antigo Recomeço), que tem por meta apoiar e ampliar nos sistemas de ensino o atendimento do ensino fundamental para jovens e adultos. Ele também apresenta proposta curricular, material didático e paradidático e legislação específica dessa modalidade.
Resolução CNE/CEB n.º1, de 5 de julho de 2000 - Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos.
Educação Profissional e TecnológicaPromulgada a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, complementada em seguida pelo decreto n.º 2.208, de 17 de abril de 1997, ficou caracterizada a Educação Profissional de forma específica. Ela tem por objetivo capacitar jovens e adultos para o exercício de atividades produtivas, podendo ser desenvolvida em escolas do ensino regular, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho.
Legislação comum a todos os níveislegislação específica para cursos de nível técnico elegislação específica para cursos de nível tecnológico, regulamentação da educação profissional, instituição do Sistema Nacional de Educação Tecnológica.
Diretrizes Curriculares de Cursos de Nível Técnico
Institui as diretrizes curriculares nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico, que definem a organização legal e curricular dos cursos e as áreas de atuação profissional.
Diretrizes Curriculares de Cursos de Nível Tecnológico
Institui as diretrizes curriculares nacionais para a organização e o funcionamento dos cursos superiores relacionados à tecnologia.
Educação Indígena
Para cumprir os objetivos, coordenar as ações e estabelecer as diretrizes específicas para a Educação Escolar Indígena, o Ministério da Educação, por meio da Coordenação Geral deEducação Escolar Indígena - CGEEI, desenvolve, orienta, coordena e acompanha o desenvolvimento de programas, ações e políticas educacionais voltadas para as comunidades indígenas.
Educação a DistânciaEm 3 de abril de 2001, a Resolução n.º 1 do Conselho Nacional de Educação estabeleceu as normas para a Pós-Graduação Lato e Stricto Sensu, Ensino Fundamental, Médio e Técnico a Distância, Ensino Superior (Graduação) e Educação Profissional em Nível Tecnológico, Pós-Graduação a Distância e diplomas, certificados e cursos a distância emitidos por instituições estrangeiras.
Portaria Ministerial n.º 301, de 7 de abril de 1998 Normatiza os procedimentos de credenciamento de instituições para a oferta de cursos de graduação e educação profissional tecnológica a distância.
A página de Educação a Distância do MEC traz informações sobre TV Escola, Programa Nacional de Informática na Educação — Proinfo —, Programa de Formação de Professores em Exercício — Proformação —, Programa de Apoio à Pesquisa em Educação à Distância — Paped — e sobre a Rádio Escola.
Educação EspecialA atual Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, trata, especificamente no capítulo V, da Educação Especial. Define-a como modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino para pessoas com necessidades educacionais especiais. Assim, ela perpassa transversalmente todos os níveis de ensino, desde a Educação Infantil ao Ensino Superior. Essa modalidade de educação é considerada um conjunto de recursos educacionais e de estratégias de apoio que deve estar à disposição de todos os alunos, oferecendo diferentes alternativas de atendimento.
Na seção Educação Especial da Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação, estão disponíveis as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, um relatório sobre os direitos das pessoas portadoras de deficiências, processos de autorização e reconhecimento de cursos e de credenciamento de instituições, o Estatuto da Criança e do Adolescente, toda a legislação específica brasileira e documentos internacionais.
Veja também as informações sobre Ações, Programas e Projetos, capacitação de recursos humanos, informática e apoio ao deficiente visual.
Educação Ambiental
Em 27 de abril de 1999, foi sancionada a lei n.º 9.795, que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental para garantir que a Educação Ambiental seja uma prática nacional em todas as escolas. Foi criado também o PCN em Ação – Educação Ambiental, guia de orientações metodológicas desenvolvido para formação de educadores, além de projetos e programas que visam construir um processo permanente de educação ambiental nas escolas e comunidades de todo Brasil.

http://www.educacional.com.br/legislacao/leg_iv.asp